quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Desafiando os jovens


Quanto menos responsabilidade o jovem tiver, menos responsável ele será. Para levarmos algo a sério, devemos ser desafiados, devemos experimentar as coisas e aprender com elas. Se, aos 16 anos, já somos capazes de saber o que é certo e errado, o que crime e o que não é, podemos ser considerados adultos. Mas o que nos deixa pensando é se realmente somos capazes de cumprir com as obrigações. É saber se vamos deixar as burrices de lado e não comprometer a vida de outros.
Quando um jovem é proibido de fazer algo, inconscientemente ele fica fissurado por isso e acaba fazendo de qualquer jeito, para mostrar que tem tudo sob controle ou só para se sentir "malandro". Agora se permitirem ao jovem fazer tal coisa, ele deixa de ficar perturbado com ela e para para pensar sobre as conseqüências de tal ação. Não adianta dizer que somos o futuro do mundo se não nos permitem fazer parte dele.
Um dos maiores sonhos dos jovens brasileiros é dirigir aos 16 anos, como nos Estados Unidos. É poder sair quando bem entender, sem depender da carona dos pais ou dos pais dos amigos ou do horário de funcionamento do ônibus; é começar a sentir a liberdade aos poucos. Se isso fosse permitido, muitos acidentes de carro envolvendo menores no volante não teriam acontecido, pois eles veriam que tem gente que confia neles e eles não iriam querer decepcionar a confiança que lhe foi entregue.
Se pararmos para discutir se a diminuição da maioridade é ruim devido aos acidentes que podem ocorrer, devemos lembrar que a maioria dos acidentes não ocorrem com menores, mas sim com adultos que se titulavam responsáveis. E em relação às leis, muitos pensam que elas não são fortes o bastante para o jovem deixar de cometer os mesmos erros de agora, mas nunca foi permitido tentar, nunca foi permitido mudar.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Mérito por pouco



Quando pensamos em mudar o mundo, em fazer algo a respeito do que consideramos errado, no fundo temos a esperança de sermos reconhecidos por tal ato. Sonhamos em ganhar as medalhas, os prêmios mais importantes do Brasil ou até do mundo. Mas, quanto vale a meritocracia? E até que ponto ela se mantém justa?
Meritocracia, em que os melhores são escolhidos ou promovidos, e, em que, finalmente, destacam-se dos demais. Porém, chegamos a um ponto em que ser reconhecido é o importante. Para algumas pessoas, saber que você deu o melhor de si já não interessa. Existem casos de pessoas que ganham reconhecimento pelas ações dos outros e conseguem manter a consciência limpa com isso.
Justiça, um tema que gera muitas discussões e que pode ser facilmente integrado na questão da meritocracia. Nos revoltamos ao ver medalhas como a de Machado de Assis sendo entregues a um jogador de futebol. Se enxergamos justiça ali? A resposta é simplesmente não. Vemos-la sendo entregue justamente á única pessoa que ganha mais que todas, apenas por chutar uma bola  e que, geralmente, não faz nada de bom para seu país.
Perdemos a esperança que tínhamos no começo. Começamos a acreditar que não importa o quão grande sejam nossas ações, nossa chance de recebermos mérito por elas é mínima. Aos poucos, as pessoas vão fazendo menos e menos, vão desistindo de lutar pois sabem que os prêmios importantes estão sendo dados a pessoas que não fizeram nada e sendo privados a pessoas que fazem tudo.